terça-feira, 27 de abril de 2010

Água poluída mata mais do que todos os tipos de violência, alerta ONU

O mais recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, na sigla em inglês) faz um alerta que merece atenção e ação de todos: o consumo e o uso de água não tratada e poluída matam mais do que todas as formas de violência, incluindo as guerras. Pelo menos 1,8 bilhão de crianças com menos de cinco anos de idade morrem a cada ano em decorrência da má qualidade da água e da falta de saneamento básico. O estudo foi divulgado no dia 22 de março – Dia Mundial da Água – em Nairóbi, capital do Quênia, na África.


O documento intitulado Limpar as águas: um enfoque em soluções de qualidade da água (tradução livre) afirma que as crianças são as principais vítimas da “água doente”, representando uma morte no mundo a cada 20 segundos, por isso o alerta para a necessidade de adoção de medidas urgentes. "Se o mundo pretende... sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto", disse o diretor da Unep, Achim Steiner. "O esgoto está literalmente matando pessoas."

Segundo o estudo, a água contaminada é também um dos fatores chave para o aumento de mortes de vidas vegetais e animais em mares e oceanos de todo o mundo. São dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causando gigantescas "zonas mortas" e sufocando recifes de corais e peixes.

“Trata-se de um dado concreto de que nós, humanos, somos diretamente prejudicados por nossas ações irresponsáveis contra o meio ambiente. Portanto, espera-se que informações como essas possam sensibilizar aquela parcela da população que ainda não se preocupa com a conservação do meio ambiente, que descartam de forma incorreta materiais perigosos para a saúde humana”, afirma Heloisa Mello, gerente de operações do Instituto Akatu. “Por outro lado, é um estímulo e incentivo para aqueles que têm essa preocupação, no sentido de que devem redobrar seus esforços, sensibilizando familiares, vizinhos e até colegas de trabalho”, completa.

Fonte: Instituto Akatu - www.akatu.org.br

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